A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) confirmou esta terça-feira a detecção em Loulé de uma garça-real infectada com o vírus da gripe aviária.
“Foi hoje confirmado no Algarve um caso de gripe aviária por vírus influenza A do subtipo H5N8 (de alta patogenicidade) numa garça-real (Ardea cinerea). Na sequência da detecção deste caso foi aumentado o nível de alerta para a doença e foram já reforçadas as medidas de protecção e vigilância na região”, refere a DGAV em comunicado.
De acordo com o organismo, o caso motivou já uma comunicação de detecção da doença à Comissão Europeia e à Organização Mundial de Saúde Animal.
“Foi já proibido o comércio de aves em mercados rurais, largadas de pombos, de espécies cinegéticas criadas em cativeiro e caça com negaças vivas. Foi igualmente dirigido um apelo aos detentores de aves em capoeiras domésticas para não realizarem movimentações desses animais”, acrescenta o comunicado.
A DGAV, apesar de sublinhar que a estirpe do vírus detectada na ave, “sendo de alta patogenicidade para as aves, não foi até ao momento encontrada em seres humanos”, referiu que o caso foi comunicado “às autoridades competentes para a saúde humana”, como a Direcção-Geral de Saúde, assim como foram alertadas as autoridades para a Gestão da Actividade Cinegética e Património Natural, do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e o Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR (SEPNA/GNR).
“A Direcção Geral de Alimentação e Veterinária mantém um dispositivo de vigilância sobre os efectivos avícolas em risco (aves de capoeira domésticas na região do Algarve) e procederá à actualização das medidas em caso de eventuais sinais de propagação da doença”, refere o organismo.