A Câmara de Lagoa procedeu a uma “intervenção imediata” de desinfestação e protecção das Escolas E.B. 2,3 Jacinto Correia e E.B. de Ferragudo, na sequência do aparecimento “preocupante” da lagarta do pinheiro naqueles estabelecimentos.
Para além das escolas foi também identificada a lagarta do pinheiro numa residência vizinha à Escola de Carvoeiro.
“A intervenção efectuada pela Câmara o ano passado foi eficaz mas, embora nos mesmos moldes, este ano não teve o mesmo efeito, pelo que – tratando-se de uma questão de saúde pública – num futuro breve, se procederá ao abate de todos os pinheiros das escolas do concelho”, informa a autarquia em nota de imprensa.
As intervenções vão decorrer nos recintos de todas as escolas básicas e jardins de infância, na dependência directa da autarquia, assim como das E.B. 2,3 do Parchal, Estômbar, Lagoa e da Escola Secundária de Lagoa, caso as Direcções dos Agrupamentos não se oponham, refere o município.
Mais de 300 árvores substituem pinheiros
Em Março, na “Semana Verde” – no âmbito dos projectos de educação ambiental em curso e em parceria com os Agrupamentos de Escolas do Concelho – serão feitas acções de replantação, através do projecto “Green Cork” do município de Lagoa, que recebeu a oferta de 320 árvores autóctones que servirão para substituir os pinheiros.
A lagarta do pinheiro ou “processionária” é o principal insecto desfolhador dos pinheiros e cedros em Portugal, devendo o nome ao facto de formar longas filas (procissões), que se dirigem das árvores para o solo, onde irão crisalidar, normalmente de Janeiro até Abril.
Este facto impõe uma vigilância constante e combate urgente e atempado, dadas as consequências para a saúde pública, pois as lagartas libertam milhares de pelos urticantes que se espalham pelo ar, podendo causar graves reacções alérgicas.