O Movimento Algarve Livre de Petróleo (MALP) manifestou-se esta quinta-feira, dia 9, em frente à Câmara de Loulé contra a autorização do Governo para a prospecção e exploração de petróleo ao largo de Aljezur.
“Estamos indignados com o facto de o Governo de António Costa ter aprovado a exploração de petróleo a Sul do país, ao largo de Aljezur, no mar”, explicou, citado pela agência Lusa, o porta-voz do MALP, João Martins, que descreveu o processo de consulta pública sobre aquele furo de prospecção como “um verdadeiro embuste”.
João Martins disse que a decisão do Governo é incompreensível quando a consulta pública teve mais de 40 mil objecções, quatro participações positivas e todas as forças políticas e cívicas da região se têm pronunciado contra a exploração e prospecção de hidrocarbonetos na região, tanto em terra como no mar.
Este é também o motivo pelo qual o MALP exige a demissão do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes.
“Achamos mal que o ministro do Ambiente ache normal que se avance com a prospecção em território português”, comentou João Martins.
A iniciativa decorreu frente à autarquia louletana para tentar obter uma reacção sobre a autorização do Governo por parte do presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo (PS), que também é presidente da comissão permanente do Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.
De acordo com a Lusa, o protesto contou com a participação de pouco mais de uma dezena de pessoas.
O MALP lançou ainda o apelo à participação no protesto marcado para 23 de Fevereiro, frente à Assembleia da República, dia em que a questão da prospecção e exploração do petróleo vai ser discutida.
O movimento está ainda a preparar um protesto para 18 de Março, frente à Escola de Hotelaria, em Faro, onde o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai participar no primeiro congresso da associação empresarial Algfuturo, conclui a Lusa.