As estatísticas da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) mostram que o Algarve não dá quaisquer sinais de melhoras ao nível dos números associados à sinistralidade rodoviária nas estradas da região.
Até 15 de Novembro de 2017, o número de acidentes de viação cresceu face a 2016 e 2015, com 9.679 acidentes registados nas estradas algarvias este ano. Em 2016 tinham-se registado 9.246 acidentes (- 433) e em 2015 8.528 (- 1.151).
O aumento nos sinistros não se reflectiu, felizmente, num aumento das vítimas mortais, mas os resultados também nesta matéria não são animadores, com o número de vítimas mortais a fixar-se em 2017 – para o mesmo período de 1 de Janeiro a 15 de Novembro -em 27, contra 28 no ano de 2016 (+ 1) e 34 em 2015 (+ 7). Note-se que os dados referentes a vítimas mortais se referem a vítimas registadas no local dos acidentes ou no seu transporte até às unidades hospitalares.
Já no que toca a feridos graves o cenário em 2017 é mais grave do que nos últimos dois anos. Este ano ficaram gravemente feridas em resultados da sinistralidade rodoviária na região 167 pessoas, contra 148 em 2016 e 149 em 2015. O crescimento foi de mais 19 feridos graves face a 2016 e mais 18 do que em 2015.
31 mortos nos últimos 12 meses nas estradas da região
Quando se analisam os dados dos últimos 12 meses de sinistralidade e o período homólogo do ano anterior no Algarve – de 15 de Novembro de 2016 a 15 de Novembro de 2017 em comparação com o período de 15 de Novembro de 2015 a 15 de Novembro de 2016 – o panorama não melhora.
Quanto a feridos graves a região registou nos últimos 12 meses 181 casos, contra 166 no intervalo homólogo anterior (+ 15 feridos graves) e igualou o número de vítimas mortais em ambos os períodos, registando 31 mortos em cada um deles.
Os dados da sinistralidade rodoviária ao longo dos anos
De acordo com os dados da ANSR recolhidos desde 2007, este foi o ano com maior número de vítimas mortais até 2016, com 72 mortos registados nas estradas do Algarve.
Também foi em 2007 que o número de feridos graves foi o mais alto desta série, com 277 casos, e o mesmo se passa quando analisamos o número de feridos ligeiros resultantes da sinistralidade rodoviária, em 2007 foram 2.550.
Quanto a vítimas mortais, nos últimos 10 anos, os anos mais graves foram os de 2007, 2010 e 2008. Os anos com menos vítimas foram os de 2013, 2014 e 2016.
O número de acidentes anuais nas estradas da região desde que foram instaladas portagens na Via do Infante (Dezembro de 2011) é sempre inferior ao registado em anos anteriores, excepto quando comparado com o ano de 2009.