O Centro Autárquico de Quarteira, a Câmara de Loulé e os condóminos do Edifício Austral (sito na Rua da Armação, junto à Rotunda do “Polvo”) celebraram recentemente acordos com vista à intervenção preventiva da autarquia no local.
“Desde 2006, que este edifício apresenta uma ligeira inclinação. Após uma vistoria dos serviços técnicos municipais, detectou-se que a falta de estabilidade prendia-se com um erro de concepção, da inteira responsabilidade do construtor”, explica a Câmara de Loulé em comunicado de imprensa.
Apesar das competências da autarquia nesta matéria passarem apenas pela responsabilidade com a segurança de pessoas e bens, não tendo qualquer dever em matéria de intervenção no edifício, decidiu a Câmara Municipal tomar uma medida preventiva numa situação que se arrasta há largos anos, dada a ausência do construtor.
Desta forma, com a assinatura destes acordos a autarquia disponibiliza-se a levar a cabo as obras necessárias para a estabilização e correção das deficiências que o prédio padece, enquanto que os condóminos comprometem-se a ressarcir a Autarquia por esta intervenção, com o pagamento das verbas correspondentes.
É de sublinhar que a autarquia tem monitorizado ao longo destes anos a situação das oscilações do Edifício Austral, sempre tendo em vista a segurança não só de quem aqui reside mas também de quem circula na via pública.
O projecto e os trabalhos levados a cabo neste local terão um custo que ascende a 400 mil euros (IVA incluído). A obra, da responsabilidade técnica de uma empresa especialista em cálculos de estruturas, arranca dentro de 4/5 meses e terá um prazo de execução de 6 meses. Durante esse período, os moradores poderão manter-se nas suas casas.
O presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, sublinhou a importância desta intervenção para que “os moradores fiquem mais tranquilos relativamente à segurança do edifício, uma situação que tirava o sono a muita gente. Desde o primeiro momento em que fui contactado que os moradores foram muito insistentes. Apesar de não termos qualquer obrigação em relação ao edifício, sabíamos que se houvesse algum azar a Aautarquia seria responsabilizada até porque o presidente da Câmara é responsável pela proteção civil de todos os que habitam ou visitam o Concelho. Por isso, mandámos fazer a monitorização e o projeto desta intervenção mas o processo só termina quando a obra estiver concluída”, considerou ainda Vítor Aleixo.