O Comando Territorial de Faro da GNR, através do Núcleo de Investigação de Crimes e Contraordenações Ambientais do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente, constituiu arguidos esta terça-feira, 26 de Fevereiro, um homem e uma mulher, de 62 e 66 anos, por suspeita da prática dos crimes de falsificação de documentos, usurpação de funções e burla qualificada, no concelho de Tavira.
Conforme explica a GNR em comunicado de imprensa, “os suspeitos faziam-se passar por médicos veterinários e geriam uma clínica clandestina na sua residência, falsificando boletins de vacinação de animais com um carimbo inexistente e desconhecido na Ordem dos Médicos Veterinários em Portugal e Espanha”.
No mesmo espaço, “criavam e vendiam cães de diversas raças, desde pastor alemão, labrador, yorkshire e pinscher, sempre com boletins de vacinação com carimbo e assinatura falsificados”.
A investigação estava em curso desde julho de 2018 e culminou na realização de quatro buscas, uma domiciliária e três em veículos. No decorrer da operação, as autoridades apreenderam 132 ampolas para vacinação animal, 61 seringas e 192 agulhas, três frascos com solução injetável para canídeos, medicamentos para canídeos, cartões de visita com a indicação da atividade e localização dos visados, dois computadores portáteis e três telemóveis, diversos documentos relacionados com a atividade veterinária e um carimbo falso com inscrições de médico veterinário.
No espaço foi fiscalizado, foram detetados 48 canídeos de criação, sem registo e licença dos animais na junta de freguesia, com falta de licença de canil (necessária para um espaço que tenha mais do que sete animais) e inobservância dos requisitos de venda de animais de companhia, tendo sido elaborados os respetivos autos de contra-ordenação.
Nesta ação participaram 23 militares do Comando Territorial de Faro, auxiliados por uma médica-veterinária do Serviço de Alimentação e Veterinária da Região do Algarve e uma médica-veterinária do Município de Tavira.
(CM)