O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, lamentou esta quinta-feira a morte da poeta e advogada farense, conhecida pela sua luta feminista, considerando que na sua geração “houve muito poucas como ela”.
“Quero expressar o meu lamento e a minha mágoa pelo falecimento de Lia Viegas. Mulher, Democrata, Advogada, Feminista, na sua geração houve muito poucas como ela”, realça Ferro Rodrigues em comunicado.
Lia Viegas, poeta e advogada farense conhecida pela sua luta feminista, morreu na terça-feira, aos 85 anos.
Poeta, feminista e advogada, Lia Viegas defendeu muitas mulheres nas décadas de 1970 e 1980. Uma delas foi a jornalista Maria Antónia Palla, mãe do actual primeiro-ministro, que enfrentou um processo-crime por causa de uma reportagem sobre o aborto clandestino, transmitida pela RTP em maio de 1976, recorda o jornal Expresso.
Como activista feminista, foi uma das fundadoras do Movimento de Libertação das Mulheres (MLM), passou pelo Movimento Democrático das Mulheres (MDM) e, mais tarde, pertenceu à União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR).
Lia Viegas é ainda autora do livro “A Constituição e a Condição da Mulher”, publicado um ano depois do 25 de Abril de 1974 e ainda de vários livros de poesia. Foi também colaboradora de vários jornais e revistas, lembra o jornal.