O PSD/Algarve exigiu este sábado a tomada de medidas urgentes pelo Governo para resolver o problema da falta de especialistas nos hospitais públicos do Algarve, como é o caso dos ortopedistas.
Segundo a agência Lusa, o partido considera, em comunicado, “inconcebível” que durante este sábado e 1 de Janeiro a escala de urgência de ortopedia dos hospitais da região tenha “apenas um médico desta especialidade”.
À Lusa, o presidente do conselho de Administração do Centro Hospitalar Algarvio (CHA), Joaquim Ramalho, admitiu que o CHA não tem o número ideal de ortopedistas nas escalas para estes dias, ou seja, seis especialistas para cada 24 horas, mas frisou que o atendimento na região está garantido.
“A prestação de cuidados de saúde urgentes na região, mesmo na área da ortopedia, está garantida” disse Joaquim Ramalho, acrescentando que além das equipas do CHA foi accionado um protocolo de colaboração com o Hospital Particular do Algarve para reforçar o serviço de urgência de ortopedia.
Com este protocolo, o CHA pretende assegurar o atendimento na região e evitar a deslocação de doentes para serviços de ortopedia localizados em Lisboa, como acontecia até Junho deste ano.
Em caso de urgência, todos os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) devem dirigir-se a um dos serviços de urgência do CHA para serem tratados localmente e, em caso de necessidade serão encaminhados para outra unidade.
O atendimento directo na unidade particular de saúde não será considerado atendimento pelo SNS.
Apontando que a passagem de ano, é uma data que atrai visitantes e chega a duplicar o número de pessoas na região, o PSD/Algarve salienta que esse aumento temporário populacional exige uma “maior resposta dos serviços de saúde”.
Citado pela Lusa, o PSD/Algarve afirma que se tem “assistido, de forma mais aguda e recorrente, a falhas nos serviços de saúde da região, facto que é incontestavelmente atestado pela redução da quantidade e qualidade da oferta assistencial por comparação a anos anteriores”.
Em reacção ao comunicado emitido pelo PSD/Algarve, o conselho de administração do CHA disse estranhar o momento do seu envio, uma vez que “não dá qualquer contributo para resolver os problemas, e apenas pode contribuir para criar alguma intranquilidade na população”.