A adesão à greve dos trabalhadores dos CTT nos três turnos da noite foi de 80% nas centrais de Lisboa, Porto e Coimbra, adiantou Vítor Narciso, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT).
Em declarações à Agência Lusa às 8.15, Vítor Narciso adiantou que a adesão à greve de dois dias, por melhores condições de trabalho e pela salvaguarda dos postos de trabalho, atingiu já de forma significativa os turnos que tiveram início às 21 e às 22 horas de quarta-feira e às 00 de hoje, 21 de Dezembro.
“Quando se iniciou o turno da noite a adesão estava em 80% nas três centrais de correio: Lisboa, Porto e Coimbra. As perspectivas para os turnos da manhã são boas. Só vamos ter dados mais tarde, porque temos de verificar cerca de 900 locais de trabalho”, disse.
CTT vão reduzir cerca de 800 postos de trabalho
Na terça-feira os CTT, que empregam 12 mil trabalhadores, dos quais cerca de sete mil são da área operacional (rede de transportes, distribuição e carteiros), divulgaram um plano de reestruturação que prevê a redução de cerca de 800 postos de trabalho nas operações da empresa ao longo de três anos, devido à queda do tráfego do correio.
De acordo com o SNTCT, a Comissão Executiva dos CTT informou os representantes dos trabalhadores de que pretende reduzir o número de trabalhadores, entre 600 e 700, durante os próximos três anos, com especial incidência em 2019 e 2020.
O SNTCT lembrou que o pessoal foi sendo reduzido de tal forma que a qualidade do serviço está posta em causa.
No arranque da greve, na quarta-feira à noite, estiveram junto à central de distribuição em Cabo Ruivo, em Lisboa, a prestar solidariedade aos trabalhadores, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, e o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, bem como o deputado do Bloco de Esquerda, José Soeiro.
A paralisação foi também convocada pelo Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (SINDETELCO), filiado na UGT.