O Mestrado Integrado em Medicina tem a partir de hoje o seu próprio espaço na Universidade do Algarve.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, inaugurou as instalações da Unidade de Educação em Medicina bem como do Laboratório de Saúde, Envelhecimento e Cinética. Foram ainda visitados vários laboratórios do Centro de Investigação em Biomedicina.
As inaugurações inseriram-se no programa das Jornadas de Educação Médica
As inaugurações inseriram-se no programa das Jornadas de Educação Médica que se realizaram este sábado, dia 23, no Auditório Verde, no Campus de Gambelas.
Organizado pelo Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da Ualg este evento reuniu especialistas nacionais e internacionais, de instituições do Canadá, Reino Unido, Chipre, Holanda, entre outras, para um debate com enfoque na escola médica actual.
Ao longo do dia foram abordados vários temas relacionados com a área da medicina.
Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior referiu que, “são 10 anos de um grande esforço da universidade, das unidades de cuidados de saúde, dos investigadores e que mostram que vale a pena. Este curso tem hoje fortes ligações internacionais. Estão aqui parceiros do Canadá, Reino Unido, Espanha e que dão uma credibilidade particularmente importante ao curso”.
“Este curso tem como palavra-chave o humanismo.”
“Hoje o ensino da medicina no Algarve pode bem mostrar que é uma referência na relação com a investigação, com os hospitais mas também com as outras áreas do saber. Este curso tem como palavra-chave o humanismo. É necessário olhar para os doentes, para os estudantes em si e para aquilo que precisam de aprender mas também reformular e modernizar as instituições quer universitárias quer hospitalares”, sublinhou ainda o ministro.
Quanto ao centro académico do Algarve mencionou ainda que, ” para além deste ter mostrado a capacidade para trazer a universidade, o hospital e os investigadores está agora também com uma capacidade de mostrar integração de tecnologias digitais e da ligação à sociedade sobretudo em áreas críticas como é o caso do envelhecimento ou a área da reabilitação. Isso é particularmente importante e o percurso que vemos aqui é de sucesso. Esperamos que daqui a 20 anos o Algarve possa ter um centro cada vez mais de referência”.
“O balanço dos dez anos é muito positivo.”
Por sua vez, Isabel Palmeirim, directora do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) referiu que “um dos objectivos deste curso é inovar em termos de educação médica. O balanço dos dez anos é muito positivo. Têm sido anos de muito trabalho mas muitíssimo gratificantes porque sentirmos que estamos a conseguir formar médicos com qualidade em contextos pedagógicos completamente diferentes. Este curso tem sido um sucesso e isso enche-nos de uma grande sensação de satisfação”.
A Universidade do Algarve aposta há cerca de uma década na utilização do método PBL-Problem Based Learning que foi recebido de uma forma bastante positiva, contribuindo para a formação dos jovens dentro da área da medicina.
A directora do mestrado acrescentou ainda que “podemos sempre melhorar e os métodos utilizados foram importados mas depois adaptados à nossa realidade”, e que o desafio é “melhorar cada vez mais”.
Uma das alterações efectuadas no Mestrado Integrado em Medicina foi exactamente a “introdução de competências culturais no curso e de reagirmos a estas alterações que estão a haver no mundo moderno de introdução de novas realidades étnicas. Esta é uma alteração que estamos a fazer este ano”, sublinhou ainda Isabel Palmeirim.
Quanto à acreditação do curso referiu que essa situação”está quase e completamente ultrapassada”.
Manuel Heitor finalizou dizendo que “a saúde é hoje mobilizadora de todas as áreas, das ciências sociais às ciências humanas, passando também pelas tecnologias e este é um curso particularmente transformador”.
(Stefanie Palma / Henrique Dias Freire)